Queria ser dessas que tem dinheiro para te comprar o presente ideal de Natal! Mas não sou. Ultimamente até estou pendurada no cheque especial. Até que surgiu a oportunidade do teu presente. Até porque você merece um presente. Me faz tão feliz...
O presente era simples. O tecido da camisa nem é muito bom, mas era o que meu dinheiro podia comprar. Escolhi o desenho mais fácil, pois estava começando a aprender, mas também o que você fosse mais gostar. Escolhi as cores que você gosta. E fiz. Tá, ficou borrado, um pouco tremido, meio torto. Mas não ficou um total desastre. Era o meu presente pra você.
E acho que presente ideal é assim mesmo. O que é feito por você desde o ínicio. Da compra da camisa, da escolha da cor e do desenho até o fazer ainda aprendiz. E me orgulhei disso. Ainda acho que você adoraria um perfume, mas vindo de mim, você gostaria dessa camisa manchada.
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Queria ser dessas dramáticas de novela. Que rasga o presente e chora e maldiz a pessoa amada. Não rasguei. Chorar, até chorei. Mas deixei o presente lá, embrulhado, no fundo do armário. Vez ou outra vou dar uma olhada, sentir pena de tudo que aconteceu. Do desdém no "brincando de fazer alguma coisa...". No menosprezo do presente. Na insinuação da minha veleidade. E em todas as coisas que foram ditas e não apagam mais. Meu presente ideal subestimado antes mesmo de ser entregue. A recusa agora é minha.
Sabia que deveria ter comprado um perfume.
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