As pessoas sempre se vão. Assim como você marcando a, descarta b, c e d. As pessoas se vão como escolhas descartadas. Não foram a opção que você marcou um x e achou a certa. Às vezes, no gabarito da vida, você vê que a resposta que você jurou que sabia, que tinha certeza ser a correta, era a errada. E não te conforta saber que várias pessoas marcaram como você. Que todos juravam achar aquela mesma resposta a ideal para aquela pergunta. Você não acertou. Por mais que todos tenham se enganado, o erro será sempre seu. Foi sua a escolha, foi sua opção, foi você quem descartou as inúmeras outras possibilidades que... agora já foram, não adianta olhar pra trás. Deixo de marcar qualquer opção, por agora. Cansei de deixar as pessoas partirem. Cansei de marcar pessoas que não são corretas. O pano da família, a mão do lado da cama em dia de tempestade, o amigo de palavras cantadas no ouvido, para que servem se são passageiras? Não quero veneno alheio, já tenho meu próprio. E é amargo como essa solidão de pessoas que chegam e vão embora. Como se minha casa fosse a estação de um trem que nunca para. Minha linha da vida, na palma da mão, aponta caminhos que eu não quero seguir. Minha opção agora não é certa, nem errada. Eu anulo meu direito de escolha. Não tô aqui pra esperar a resposta certa.
“Estranho é o mundo, pai, que só se une se desunindo; erguida sobre acidentes, não há ordem que se sustente; não há mais espúrio que o mérito, e não fui eu que semeei esta semente.” [ Raduan Nassar ]
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pois saiba que nunca solto da sua mão, irmã minha, nunca solto!