o labor das línguas

quarta-feira, 29 de setembro de 2010 às 19:02
Juro que não queria falar de você. Não que me falte palavras. Tenho-as aos montes. E combinações entre elas me surgem à cabeça todo minuto. Mas, sabe, não quero que se veja por aqui. Não sei, inclusive, que importância te dar. Medo de que você veja que acho nós dois confusos e se surpreenda porque talvez você nos ache extremamente claros. Pretensão pura já que parto do pressuposto de que você me lê. Acho que nem o faz, sinceramente! E se um dia quem saiba venha a me encontrar, não quero que discutamos registros passados de sentimentos que morreram ou amadureceram. Porque é isso que acontece com os encantos, não é? Eles morrem ou se transformam (em amor, por vezes). E não sei nem o que somos, o que fomos, quanto mais saberei o que vamos ser! Embora esse futuro nosso seja cada vez mais próximo. Então, quando ele chegar, pomposo ou desastroso, eu escrevo coisas sobre você. Te escrevo sobre sentimentos que, dessa vez, serão diagnosticados (assim, bem visceral!). E espero que você os leia. Porque é assim que tem que ser. Como será, não sei.


"Acordei hoje com tal nostalgia de ser feliz." [ Clarice Lispector ]

2 comentários

  1. Marcinha Says:

    Ahh... Você já transparece essa sensibilidade tão bonita, mas foi uma descoberta feliz encontrar esse blog.
    :)

  2. Anônimo Says:

    teu blog é maravilhoso,

Postar um comentário

Devir | Powered by Blogger | Entries (RSS) | Comments (RSS) | Designed by MB Web Design | XML Coded By Cahayabiru.com Distribuído por Templates