corre e olha o céu

terça-feira, 21 de setembro de 2010 às 19:57
Porque são humanos, são falíveis. E não espero nada deles, a não ser essa falibilidade que é minha também. Que é de todo mundo. E espero que eles maquiem minhas imperfeições tanto quanto maquio as que são deles. E faço de bom grado. Na verdade, faço porque não sei não fazer. Faço porque é meu, é a minha natureza deixar levar. E o que fica, o que finca, o que importa, isso não se vai. Fica numa caixinha que cultivo e cativo. E fortalece porque amizade é isso mesmo: força. Mas porque sou humana, portanto, falha por definição, também quebro. E quebra junto toda essa força que cuidamos e nos mostra uma fraqueza que também é minha. Que é de todos nós. Remendar uma corrente não dá certo. Qualquer remendo, seja qual for, não fica como era antes. E eu vou tentar consertar, juntar os pedacinhos, fazer uma nova caixinha, quiçá. Tapar alguns buracos... E se não der certo, a gente constrói de novo. Porque são humanos, não são recicláveis. E eu não quero esse quebranto de novo. De novo.



"Pouca sinceridade é uma coisa perigosa, e muita sinceridade é absolutamente fatal." [ Oscar Wilde ]

1 Responses to corre e olha o céu

  1. l. Says:

    'se não der certo, a gente constrói de novo. Porque são humanos, não são recicláveis.'

    Ah, como é bom te ler!

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