a posteriori

sábado, 25 de dezembro de 2010 às 23:57
vem, meu quentinho... embrenhe-se. jogue suas pernas por entre as minhas. pegue seus braços e misture com minhas costas, corpo e mãos. entrelasse os dedos. façamos como sempre: esqueçamos o calor estival e do suor que nos invade, o que importa é o quentinho do seu corpo fazendo cócegas no quentinho do meu. aliás, nada importa aqui onde estamos. nos lençóis que nos metemos. tenho sede, mas levantar é sacrilégio. e te ter por perto, assim tão junto e apertado, vale mais que qualquer sorte. conte-me casos idos. suas andanças e tristezas. tenho ouvidos e coração só para te entender. e gostar. e amar, mas isso são outras águas. vamos nos esconder mais um pouco, meu quentinho, tem alguém na varanda... as dobras da persiana não escondem mais nossos alentos de amor. cubra-nos um pouco mais... e me peça para achegar-se. eu chego. e rio. e durmo. e me acabo.


é porque te quero, meu quentinho. só por isso.

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