quando sentir não for pensar

quarta-feira, 24 de novembro de 2010 às 21:43
meu bem, desculpe se às vezes esqueço teu nome. se pego no sono no momento em que tu querias conversar. se fico exaustivamente depreciando-me e se sempre desacredito de teus elogios lapidados. desculpe se fico sempre surpresa quanto tu ligas, já devo saber que queres sempre saber de mim, com inigualável zelo. desculpe se bagunço teus cabelos e te ponho os óculos, acho-te tão lindo assim subverso! peço perdão pelos meus deslizes de principiante porque é tão novo e sacro esse teu querer e cuidado. a maneira como tu me deixas ganhar nos jogos de carta e pede beijos ao invés de prendas. como cuidas não só de mim quando escorrego, mas das coisas que tenho que fazer e tu precipitas-te a fazê-lo muito antes para me evitar o trabalho. e para evitar a dor, beijas minhas feridas, proteges-me dos carros, seguras-me aos mãos evitando qualquer súbita surpresa que me faça tropeçar. não sei dizer, meu bem, mas essa tua beleza me dá um medo infantil de perder o presente desejado. e te olhar assim, com vinho derramado na cama, e com o calor da noite primaveril, te olhar bem debaixo da luz forte desse quarto... não sei... faz qualquer medo parecer erro. e não quero errar contigo, amor meu. não me deixe fazê-lo.


"Ali fui mártir; Fui réprobo, fui bárbaro, fui santo; Aqui encontrarás minhas pegadas; E pedaços de mim por cada canto." [ Vinicius de Moraes ]

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