sejamos

sexta-feira, 20 de abril de 2012 às 00:31
Nossa vida tranquila me causa um certo pânico. Não sei até que ponto faz sentido tal controvérsia, mas eu não posso deixar de me inquietar profundamente com nossa estável relação de amor e de pureza. Digo pureza porque não há fragmentos do passado para nos assombrar. Somos nós e somos hoje. Embora, admito, os erros parcos sejam vestígios, o que importa é que a nossa construção é cada vez mais nossa e menos sonho. Não se há mais caminho, quando se há destino. Meu destino foi você e não procuro nada além e nem aquém daquilo que você me ofereceu como lar. Pretensiosamente, arrumo nossas mobílias e pinto paredes que - rebeldemente - destruo e reconstruo, mas é por muita imaturidade que vejo tudo, absolutamente tudo, como inacabado. E se te repilo ou te empurro para mim, é porque essa linha que nos molda é tênue demais para que se sinta. Não sei o que nos separa. Não sei o que nos une. Só sei que nesse Universo louco e grandioso, existe um nós. O nós, o medo e o amor.


"No entanto, para dizer a verdade, hoje em dia a razão e o amor quase não andam juntos." ( William Shakespeare )

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