não te disse, mas pensei: "algum dia, não tão breve não tão longe, você irá se aperceber que o amor só não basta". foi naquele momento crucial que percebi que o momento não tinha chegado, mas deu ares de presença. foi deitados naquele chão da minha sala, sob auspícios de um calor não consagrado, que você, queixosamente, me cobrou o incobrável. não importa que sejamos do mesmo barro, haverá sempre uma, ao menos uma diferença que quebrará o que nos é coetâneo. foi assim que você, espontaneamente, sem se dar conta da flecha lançada, que você expos nossa principal revelia. confesso que vivo de caprichos. você vive guiado por seus desejos. trombamos. caimos. amamos. mas não se resolveu. continuo serena, continua inquieto. não há laço que nos resolva. façamos o seguinte: sem dor, fingiremos o impossível. até quando o limite nos assaltar.
na superfície, nosso suor. no fundo, nosso profundo amor.
e porque é vivo, se repete.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
às
00:09
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larissa
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o meu e o seu
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
às
15:47
| Postado por
larissa
murchei tal qual nosso girassol. aquele que você me
deu num dia ordinário só pra me fazer sorrir. não há explicações que corroborem o porquê da nossa planta ter perdido o frescor. só da planta. sobre mim, há inúmeros. mas esqueçamos de mim: nossa planta estar a morrer. não há mais amarelo, as pétalas secaram e estão abraçadinhas em si próprias como que pedindo esconderijo. as folhas, embora bastante verdes, estão caídas, como que apontadas pro chão. prometo ter seguido à risca todas as precauções: regas diárias, o sol da tarde, amor, muito amor. ok, esqueça o girassol, estou mesmo é falando de mim. eu sei que nesses anos todos você me cobriu de amor e cuidados. me protegeu aos montes dos perigos mundanos. mas cá estou seca. me escondo do sol, assim como me escondo de você. alguma coisa deu errada na nossa poda. talvez um galho errado tenha sido retirado, me falta algo e não me pergunte o quê. eu sei que pareço injusta ao reclamar de qualquer ausência já que você sempre acertou nas suas presenças. mas assim como nosso girassol, não posso esconder que estou perdendo o viço. e procuro, meu amor, desesperadamente, em todos os lugares, um cantinho qualquer para que floresça - seja o que for.
deu num dia ordinário só pra me fazer sorrir. não há explicações que corroborem o porquê da nossa planta ter perdido o frescor. só da planta. sobre mim, há inúmeros. mas esqueçamos de mim: nossa planta estar a morrer. não há mais amarelo, as pétalas secaram e estão abraçadinhas em si próprias como que pedindo esconderijo. as folhas, embora bastante verdes, estão caídas, como que apontadas pro chão. prometo ter seguido à risca todas as precauções: regas diárias, o sol da tarde, amor, muito amor. ok, esqueça o girassol, estou mesmo é falando de mim. eu sei que nesses anos todos você me cobriu de amor e cuidados. me protegeu aos montes dos perigos mundanos. mas cá estou seca. me escondo do sol, assim como me escondo de você. alguma coisa deu errada na nossa poda. talvez um galho errado tenha sido retirado, me falta algo e não me pergunte o quê. eu sei que pareço injusta ao reclamar de qualquer ausência já que você sempre acertou nas suas presenças. mas assim como nosso girassol, não posso esconder que estou perdendo o viço. e procuro, meu amor, desesperadamente, em todos os lugares, um cantinho qualquer para que floresça - seja o que for.
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