travessia

terça-feira, 19 de outubro de 2010 às 18:40
Choro, sem medo. Choro porque depois de tanto tempo é difícil colher tanta coisa que não se plantou. Talvez sejam lamentos de menina. De certo, faz parte da vida. Mesmo que seja das passadas. Procuro alguma harmonia nesse desencanto efêmero que me assombra e me abraça. Mas só o que acho é um encanto sobrenatural nessa desarmonia vulgarmente conhecida como mundo. Peço calma. Peço tempo. Peço calma e tempo porque até onde estou eles se misturam e se confundem como moléculas. Por vezes, chamo aos berros que me socorram. Noutras, silencio e me refugio, mentindo a mim o desejo de encontrar quem quer que possa me oferecer o novo. Ou o vivo. Ergo-me, cambaleante, dia após dia na esperança feérica de me espelhar. O perder para se encontrar. Entende isso? É confuso, mas é humano. E sentimento é o único arquétipo universalmente irrefutável. Então você me entende...


"Eu sempre sofri em silêncio, - e o silêncio nos faz sofrer mais profundamente." [ Kahlil Gibran ]

2 comentários

  1. Willian Says:

    silenciar e falar. cada um a seu tempo, e ao nosso tempo, conforme nossas necessidades. (:

  2. Lívia Frias Says:

    "Procuro alguma harmonia nesse desencanto efêmero que me assombra e me abraça." Que dualidade! Você escreve muitas coisas que penso/sinto. Adorei, a frase do Kahlil Gibran também é ótima.

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